quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

OITAVA AULA


Educação no Brasil Imperial


       Revolução burguesa
        Consolidação do modo de produção capitalista
        Produção artesanal – manufatureira – industrial
        Ciência = força produtiva
        Produção coletiva x apropriação privada
        Urbanização
        Educação = instrução (papel do Estado – escola elementar) 

Na atualidade a educação escolar ocupa um lugar central pois o homem, para viver e se tornar cidadão em uma sociedade na qual predominam a cidade e a indústria, com valores e regras formais e sistemáticas, necessita de uma educação também formal e sistemática (Saviani, 1997).
“É, assim, no âmbito da sociedade moderna que a educação se converte, de forma generalizada, numa questão de interesse público a ser, portanto, implementada pelos órgãos públicos, isto é, pelo Estado o qual é instado a provê-la através da abertura e manutenção de escolas.” (SAVIANI, 1997, p.03)
Brasil (1808- 1850): do modelo agrário-exportador dependente ao modelo agrário-comercial exportador dependente

        submissão e emancipação
        Inglaterra – Brasil – Portugal
        Início organização educação: legislação como instrumento
        Constituição: 1824
        Lei de 27/10/1827
        Ato Adicional de 1834
       Escola Normal
       Assembleia Legislativa: 1823

Legislação sobre instrução pública
Comissão de Instrução Pública da Assembleia Nacional Constituinte
Prêmio para a melhor proposta
Sistema de escolas públicas – plano comum
Educação nacional x instrução pública
       Memória de Martim Francsico d’Andrada Machado
Plano detalhado e abrangente, dividido em 3 graus
“o primeiro grau cuidaria da instrução comum, tendo como objeto as verdades e os conhecimentos abrangendo a faixa etária dos 9 aos 12 anos de idade. O segundo grau, com a duração de seis anos, versaria sobre os estudos básicos referentes às diversas profissões. E o terceiro grau se destinaria a prover educação científica para a elite dirigente do país.” (Saviani, 2006, p. 12)
       Proposta de Januário da Cunha Barbosa (1826)
Plano organizador ensino todo em 4 graus
1- Pedagogias: a todos; conhecimentos gerais
2- Liceus: ensino profissional (agricultura, arte e comércio)
3- Ginásios: conhecimentos científicos gerais (ciências + erudição)
4- Academias: “ciências abstratas e observação + ciências morais e políticas”
       Proposta apresentada à Câmara dos Deputados era + modesta:
Discussão: Termo pedagogias
Prevaleceu: escola de primeiras letras
Método mútuo/monitorial/lancasteriano: aproveitamento alunos + adiantados; regras; disciplina; hierarquização dos alunos; memorização; punições; massificação da instrução
 Ato adicional de 1834: descentralização; desoneração do poder central
       Constituição: 1824
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao24.htm
        Lei de 27/10/1827
http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/fontes_escritas/3_Imperio/lei%2015-10-1827%20lei%20do%20ensino%20de%20primeiras%20letras.htm
        Ato Adicional de 1834
http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=1033609
 
Brasil (1850-1870): modelo agrário-comercial exportador dependente
        decadência agricultura tradicional
        rebeliões
        lavoura cafeeira
        sociedade urbano-agrícola-comercial
        Educação: Reforma Couto Ferraz
        Professores Adjuntos (auxiliares docentes: maiores de 12 anos; posterior contratação como adjunto: 3 anos com exame anual)
       Diagnóstico: quantidade insuficiente; falta preparo professores; condições de trabalho; ineficiência método lancasteriano; ausência de fiscalização
        Necessidade de reforma: Ministro do Império Luiz Pedreira do Couto Ferraz (conciliador liberal/conservador)
        Decreto n. 1331-A de 17/02/1854
        Concepção centralizadora; iluminismo (pessoas livres); ensino simultâneo
       Regulamento minucioso com 5 títulos:
1- da inspeção dos estabelecimentos públicos e particulares de instrução primária e secundária;
2- da instrução pública primária;
3- da instrução pública secundária;
4- do ensino particular primário e secundário;
5- das faltas dos professores e diretores públicos e particulares
       Reforma Couto Ferraz
http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/fontes_escritas/3_Imperio/artigo_004.html

Brasil (1870-1894): da crise do modelo agrário-comercial exportador dependente à tentativa de incentivo à industrialização
        fim tráfico escravos
        trabalho livre
        mercado consumidor
        início, incipiente ainda,  atividades industriais
        formação novas frações de classe – inserção novas ideias - conflitos
         1867: A instrução pública no Brasil de Liberato Barroso (Ministro do Império)
Inaugura momento fértil de propostas para educação nacional
Busca conciliar dogma e liberdade; fé e razão; obrigatoriedade escolar e ensino livre; iniciativa privada e vigilância estatal
Abarcava todos os níveis e modalidades educativas, “a secularização do ensino, as sociedades científicas, literárias e industriais e o orçamento da instrução pública” (Saviani, 2006, P. 25)
       1879: Reforma Leôncio de Carvalho
29 artigos contendo 174 itens
Ensino livre com supervisão estatal
Obrigatoriedade ensino primário
Assistência do Estado aos aluno pobres
Escola primária com 2 graus
Institucionalização da formação de professores por meio da regulamentação das Escolas Normais
Jardins-de-Infância
Organização e funcionamento da educação, inclusive nas províncias
Ensino Intuitivo
http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/fontes_escritas/3_Imperio/artigo_009.html
         Institucionalização da escola  e da formação de professores
        Contradição entre discurso e prática do Estado: ensino livre x orientação e supervisão do Estado
        de uma educação do espírito para uma educação para a prática
        do ensino individual ao mútuo, deste ao simultâneo e, por fim, o intuitivo = organização instituição específica para
        descompromisso do Estado acerca da educação popular, expresso no parco investimento financeiro para as escolas, principalmente primária e secundária
         O legado negativo do século XIX
“...o fato é que esse legado negativo do século XIX atravessou todo o século XX e se faz presente ainda hoje. Para nos darmos conta disso, basta atentar para os discursos gradiloquentes que proclamam as sublimes virtudes da educação, considerada a chave sem a qual todas as portas se fecham! Sem ela os indivíduos ficam excluídos da “sociedade do conhecimento” e as organizações, até mesmo as empresas, perdendo em produtividade, acabam tragadas na voragem da competitividade!
Esse é o discurso que está na boca da maioria das pessoas, com destaque para os empresários, os políticos e os próprios governantes, em contraste flagrante com uma prática que nega reiteradamente as palavras pronunciadas com tanta sonoridade. Sem romper com esse legado, corremos o risco de atravessar o século XXI ainda reféns de um problema que os principais países resolveram no século XIX: a construção de um sistema nacional de educação capaz de universalizar o ensino fundamental, erradicando o analfabetismo.” (Saviani, 2006, p. 30/31)


REFERÊNCIA:
- Aula ministrada pela auxiliar Luciana Coutinho no dia 03 de novembro de 2011.

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