segunda-feira, 28 de novembro de 2011

SÍNTESE DA UNIDADE II

Resumão pessoal das aulas:

Portugal, aos poucos, foi se tornando um país atrasado em termos econômicos e políticos; ou seja, estava numa crise agudíssima em relação, por exemplo, com a Inglaterra e França, que viviam a Revolução Industrial. Portanto, a Coroa estava em decadência e, se tivesse continuado na Europa, teria falido.
A ação jesuítica fez parte da empresa colonial e esta, por sua vez, atuou como instrumento de acumulação primitiva de capital. Trata-se do movimento de transição do feudalismo para o capitalismo na Europa e que na colônia teve que criar condições de sustentação, levando em conta suas especificidades.
A obra de José de Anchieta atuou no sentido de tornar possível a aculturação dos povos primitivos habitantes das terras recém-descobertas favorecendo a vitória do modelo econômico europeu na América. Para tal, era impossível que houvesse tolerância com os costumes indígenas. Anchieta agiu por meio de sua obra contra os elementos culturais dos índios. Costumes que eram incompatíveis com o modo de vida dos europeus. Era preciso, em nome de Deus e do Rei, destruir toda a base da cultura indígena de forma radical, pois ela não compactuava com a lógica de circulação de riquezas e de acumulação de bens, essência do empreendimento colonizador.
A pedagogia de Anchieta através de sua obra (o teatro, a poesia e o catecismo), consistia em desenvolver algumas estratégias que agissem além das escolas para ensinar os fundamentos da fé aos seus alunos. Desta forma, conseguiu realizar a sujeição e a dominação dos povos nativos. Os jesuítas foram organizados como “soldados de Cristo”, com o objetivo de combater os pagãos (aqueles que se opunham à Igreja Católica e que não apoiavam seu “avanço”) e as idéias protestantes, através do trabalho de catequese. Os índios, portanto, deveriam tornar-se “súditos ao Rei e fiéis à Cruz”.
O primeiro século de colonização do Brasil foi a “preparação do terreno” para o que viria a se configurar como educação durante todo o período colonial, e o período quinhentista foi o palco da atuação da missão evangelizadora jesuítica na colônia, e trazia no seu bojo um caráter educacional e evangelizador.
Neste trabalho, a catequese foi compreendida como uma “educação das almas”, utilizada a serviço do projeto colonizador europeu e foi essencial na formação da sociedade colonial brasileira. Os mecanismos utilizados nessa empreitada foram os recursos da força do discurso presentes no teatro, na “Doutrina Cristã” e na poesia anchietana, que eram apresentadas como representação de mundo aos gentios.
Outros grupos maiores com funções educativas eram os franciscanos e os beneditinos. Porém, poucos registros foram deixados a respeitos deles. 



Paula Campane e Kátia Brolezi

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